Instituto Alice Francisca da Silva e S.O.S Anjos Especiais
Em cooperação técnica, o Instituto Alice Francisca da Silva, mantém a cooperação técnica com o projeto S.O.S Anjos especiais no morro Chapéu Mangueira, com o intuito, de promover benefícios e assistencialismo a crianças e adolescentes PCDs e TEA. Promovendo um natal de esperança e alegria para diversas crianças.
Em Dezembro de 2024, na quadra do chapéu mangueira no bairro do LEME, foi realizado um almoço de natal com a presença do papai noel, para crianças PCD e TEA, com a presença de 30 crianças especiais e mais de 80 familiares dos assistidos, que puderam ter um Natal diferenciado, com a presença do ator Hélio de la Peña .
Link do Vídeo promocional do evento: https://youtu.be/GN8YCFN97ck?feature=shared
Princesas e personagens de quadrinhos são os temas mais pedidos por aniversariantes na decoração das festinhas. Mas os grandes heróis de Igor Rodrigues Pereira não têm superpoderes. A força deles está na vassoura, item indispensável para enfeitar sua festa, inspirada nesse personagem que pode até não varrer o vilão da história, mas, com seu uniforme laranja inconfundível, deixa a cidade muito mais amigável e limpa: o gari.
Acometido aos 6 meses de vida por uma meningite que deixou sérias sequelas neurológicas, Igor fará 28 anos no dia 12. Para celebrar a data, os pais vão realizar o sonho do filho especial de ter uma festa com os laranjinhas.
Morador do Chapéu Mangueira, no Leme, o rapaz mora com a mãe, Janaina Novaes, de 54 anos, caixa de supermercado, e o pai, Cosme Pereira, de 58, porteiro. Para organizar a comemoração, a família pediu ajuda à Comlurb, e o gari Renato Sorriso confirmou presença.
— Muita gente pode achar estranho fazermos uma festa para meu filho com o tema garis, mas o sentimento dele por essa categoria é puro e bonito. Ele é um rapaz com deficiência intelectual, mas que consegue enxergar a importância da profissão desses trabalhadores. Algo que muitas pessoas estudadas não têm — explica Janaina.
A mãe coruja conta que o filho sempre fica muito feliz ao ver os varredores em sua rua:
— Ele adora ficar no muro esperando os rapazes passarem. Os olhos do Igor brilham. Ele grita, e o pessoal já conhece, responde, manda abraço.
A Comlurb doou muitos enfeites para usar na decoração.
— A roupa da festa (uniforme laranja para Igor) foi doada por um gari que trabalha aqui perto. Ele se sentiu homenageado quando soube do tema da festa do meu filho — disse a mãe.
Para Cosme, o carinho do filho pelos garis é um exemplo:
— Esses homens são verdadeiros guerreiros.
Para o gari Adevaldo Ferreira, de 59 anos, a festa de Igor é uma das maiores homenagens que já recebeu:
— Fico muito honrado de ter esse reconhecimento de uma família tão querida quanto à do Igor. Não perco essa festa por nada. Estou sabendo que vai ser uma roda de samba muito animada.
Enquanto vestia o filho com o uniforme laranja, Janaina desabafou sobre as dificuldades de criar o rapaz dentro da comunidade e com poucos recursos. Ela lembra que Igor teve bolsa de estudos até os 18 anos, mas, com a maioridade, perdeu o benefício:
— Igor é como se fosse uma criança de um metro e noventa, amorosa e com as dificuldades de comunicação. Depois que ele parou de estudar, o nosso trabalho aumentou muito. Foi nesse momento que passei a enxergar como outras mães de pessoas com problemas mentais também enfrentam dificuldades para conseguir criar seus filhos.
FONTE: JORNAL EXTRA